Mostrando postagens com marcador Leo. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Leo. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Atrasado...



Atrasado...

Amigos, sei que estou atrasado com as postagens do restante dos capítulos do Livro Leo, mas devido a finalização da minha pós-graduação, de alguns problemas particulares que estou tendo, não estou conseguindo manter um ritmo criativo para continuar a historia, mas logo logo postarei novos capítulos, enquanto isso continuarei postando outros Textos que também formam meu Blog..... Um Abraço...

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Capitulo 4


Capitulo 4



Eduardo não conseguia esquecer o rosto do filho, sua expressão de supressa misturada com um tanto de desapontamento, foi umas das piores combinações que já tinha presenciado. Seu filho, seu único filho, achando o pai um monstro.
Momentos passados na infância de Leo vinham a sua mente, os primeiro passos, as primeiras palavras, a primeira bola de futebol que havia dado ao filho. Eduardo sempre fez questão de estar presente em todos os momentos do desenvolvimento do filho, e agora estar longe em dos momentos mais críticos que o filho passava, doía muito.
Eduardo não conseguia admitir que seu filho, seu tão amado e esperado filho, tenha ser tornado aquilo, onde será que ele havia errado, será que o filho havia passado por algum tipo de situação que tenha moldado sua opção, ou seria os amigos que o havia influenciado para tomar esse caminho; Uma ideia passa por sua cabeça, talvez se ele descobrisse o motivo que o levou a isso poderia fazer com que o filho voltasse a ser o que era.
Chega em casa decidido a ajudar o filho a sair daquela situação, e para isso começaria tendo uma conversa com ele para buscar os fatos que o levou a isso:
-Boa Tarde Bruna.
-Boa Tarde Du.
-Como foi a entrevista?
-Ótima, adorei a clinica, e acho que eles gostaram de mim, falaram que me ligaram ainda hoje para dar a resposta, estou ansiosa.
-Com certeza já é sua amor.
Logo em seguida Bruna vai à cozinha para verificar se o almoço já havia ficado pronta, Leo houve a conversa imaginando se o pai falaria com ele após a discussão que tiveram logo cedo:
-E você Leo tudo bem? Como foi o primeiro dia?
-Estou bem Pai, gostei bastante da escola – Responde Leo, meio ressabiado e direto.
-Que bom filho, será que mais a noite quando chegar do trabalho podemos conversar?
-Claro pai, podemos sim – Leo fica preocupado em pensar em outra discussão com o pai.
-Leo, Edu, o almoço está pronto.
Os três almoçam em paz, pela primeira vez após muito tempo, todos ficaram muito mexidos sentimentalmente com os últimos acontecimentos. Logo após o almoço Eduardo volta ao escritório, Bruna termina algumas tarefas da casa e Leo passa o resto do dia em seu quarto lendo alguns livros.
À noite logo após o jantar Eduardo chama Leo para a tão esperada conversa.
-Filho, queria começar te pedindo desculpas pelo o que eu disse, me deixei levar pelas emoções do momento.
-Você me magoou bastante pelo que disse pai.
-Eu sei Leo, por isso mais uma vez te peço desculpas, eu te amo tanto meu filho a ultima coisa que quero nessa vida é perder seu afeto.
-Eu também o amo pai, e tudo isso que tem acontecido não faz com esse amor diminua, deixa magoas... mas não exclui o que sinto.
Eduardo abraça o filho, e se sente bem em ter conseguido demonstrar a expressar o que estava preso em sua garganta a tempos.
-Filho tudo bem se conversarmos sobre o assunto?
-Sim pai, sem problemas.
-Leo, desde quando você se sente assim?
-Pai eu não me sinto, eu sou assim, percebi que minha orientação era diferente perto dos 13/14 anos, percebi que ao ver meus colegas eu sentia algo diferente, algo que não sentia pelas meninas por exemplo.
-Como assim filho, percebeu, você passou por alguma experiência que te fez perceber isso.
-Ah pai... percebi... a principio não sabia o que era – Disse Leo meio com vergonha de falar a palavra desejo – Fui descobrindo com o passar do tempo, Pai o que o senhor quer dizer com experiência que me fez perceber isso ?
-Leo, eu fico com vergonha em perguntar isso, mas... alguém abusou de você?
-Não pai... que isso imagina...
-É imprescindível que me fale isso filho, li um pouco e descobri que muitas dessas tendências surgem de experiências traumáticas de abuso sexual.
-Não acredito que esteja me falando isso... Pai não tive nenhum tipo de experiência assim.
-Mais deve ter tido algum tipo de amigo, que o tenha mostrado como era, que tenha colocado essas ideias na sua cabeça.
-Agora entendi o que o senhor quer com essa conversa toda – Fala Leo se exaltando um pouco – que achar motivos, justificativas, mas saiba que não.. não fui influenciado.. não fui estuprado... eu nasci assim... o senhor não tem ideia da quantidade de vezes que eu rezei a Deus para mudar pai... para que ele me concertasse...
-Calma filho, mas não é possível... Você sempre recebeu a melhor educação que podíamos oferecer, viveu e vivi em um ambiente saudável... Como se tornou assim?
-Pai, vamos parar por aqui, não importa quantas vezes eu falo para ti, você já tem uma ideia formada, por mais que eu fale o senhor sempre volta...
-Filho eu só quero entender...
-Não, você quer impor, quer justificar... quando realmente quiser entender me chame novamente.
Leo em seguida segue para seu quarto para dormi, evitando assim que a conversa tomasse o mesmo rumo da manhã.
Eduardo fica na sala pensando, tentando entender tudo isso, buscando uma resposta logica. 

Capitulo 3


Capitulo 3

Em poucos minutos sua mãe para o carro e anuncia;
-Chegamos filho.
Leo olha pela janela e ver um prédio um tanto quanto antigo, um portão grande de ferro também na mesma arquitetura, separa a rua e um lindo jardim, uma pequena trilha feita com peças de pedregulhos formam um caminho até a porta de entrada:
-Leo aqui é a entrada para o portão principal, ela da para a entrada da diretoria, te deixarei aqui hoje porque você deve passar na secretaria e pegar seu horário, a entrada para alunos fica ao lado, te encontro logo mais, ok?
Bruna havia visitado a escola algumas semanas antes para poder realizar a matricula do filho.
-Ok mãe, estarei lá - Diz ele se direcionando para o interior da escola.
-Bom Dia, sou Leonardo Couto de Andrade, estou começando hoje, é aqui que retira os horários de aulas?
-Bom dia Leonardo sou Vânia, é aqui sim um momento que irei retirar de seu prontuário.
-Obrigado.
Logo Vânia volta com seu horário, com o qual verifica que sua primeira aula será de português na sala B16, entretanto ainda faltavam 10 minutos para o inicio, aproveita o tempo para conhecer a escola. A secretaria e a diretoria ficavam no final de um corredor, logo mais adiante ficavam a sala dos professores e a biblioteca, logo em seguida uma escada, que ele deduziu ser a que conduzia para as salas de aula, e então mais um portão, que dava acesso para o pátio, onde ele pode observar a movimentação.
-Leonardo!
Leo escuta alguém o chamar, porem não reconhece a voz nem a direção da localização da pessoa, já que tal chamado mistura-se aos sons dos demais do ambiente, até que sente uma mãe pousar em seu ombro, o que o faz virar-se em direção ao toque.
-Pedro?
-Olá Leonardo tudo bem?
-Tudo bem sim cara, e você?
-Opa, bem também.
-Desculpe-me pela grosseria naquele dia, estava meio estressado e acabei descontando a raiva em você.
-Imagina, percebi mesmo – Exclama Pedro logo depois sorri – Pra você ver como são as coisas, quer dizer que estudará aqui?
-Estudarei sim – Diz Leo ao mesmo tempo sorri – Estou cursando o ultimo ano.
-Nossa, serio o ultimo ano?
-Sim, não entendi o espanto.
-É que você aparenta ser mais novo.
-Eu sei, eu sei, pelo meu tamanho eu suponho.
-Você deve ter passado por muitas situações constrangedoras.
-Um pouco, no começo sofria muito com isso, depois isso tornou-se secundário, e já me acostumei a ter esse tamanho, alias hoje em dia até gosto.
-Até porque você não é tão pequeno assim, mede quanto?
-1,60.
-Ah eu meço 1,75 , não é tanta diferença assim.
Os dois continuam a conversar até a hora de entrar para a aula, Pedro aproveita o tempo que tiveram para mostrar alguns detalhes da escola.
-Leonardo, qual sua primeira aula?
-Pode me chamar de Leo – Fala Leo sorrindo – Minha aula é Português, e a sua?
-Parei de chamá-lo assim porque você havia me pedido.
-Sim, foi mais um fruto da minha estupidez, me desculpe por isso também.
-Estou só te chateando Leo, é fato esquecido.
Logo os garotos subiram pra a sala, onde se sentara um a frente do outro, Leo estava gostando de maneira com a qual Pedro o tratava, era amigável, gentil, porém não podia deixar de pensar se receberia o mesmo tratamento caso ele soubesse de sua real condição, alias nem sabia se estava preparado para que mais alguém soubesse, ainda mais sendo alguém que ele mal conhecia, mas algo lhe dizia que podia confiar nele.
Seus pensamentos são interrompidos pelo anuncia da professora:
-Bom dia Classe! – alguns alunos respondem a saudação da professora.
-Bom dia Graça.
Graça era a professora que lecionava a mais tempo na escola, e a mais querida entre todos os alunos.
-Bem me deixe ver, vou fazer a chamada, como todos vocês estão juntos a mais de 3 anos, não precisaremos das apresentações certo ?
-Não Graça, há um aluno novo, o Leonardo aqui!
-Pedro... – Fala Leo Indignado.
-Bem, então vamos lá rapazinho, conte-nos um pouco sobre você.
Leo faz uma rápida apresentação, começa pela idade depois uma breve historia de como chegou até aquela cidade.
-Seja bem vindo Leonardo.
-Obrigado.
-Esse bimestre farei algo diferente com vocês, quero que se separem em duplas e desenvolvam uma historia, o tema será livre, vocês podem utilizar a lista de livros pedidas em vestibular para ter uma base, mas sem copiar.
-Leo, vamos fazer juntos?
-Vamos sim.
As aulas decorreram normalmente, Leo ficou ansioso para começar a desenvolver o trabalho pedido, já havia passado varias ideias em sua mente, alias ele adorava esse tipo de desenvolvimento, pois gostava de exercitar sua criatividade.
Na saída os dois combinaram alguns dias para se encontrarem e começarem a desenvolver o trabalho. Leo não queria, mas começava a perceber um sentimento extra por Pedro, apesar de tê-lo conhecido a pouco tempo.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Capitulo 2




Capitulo 2



O despertador toca, Leo o desliga e se levanta, inicia o que se tornará sua nova rotina de agora em diante. Logo fica pronto, e desce para sala de estar, escuta barulhos vindos do quarto de seus pais, o que significa que eles também já haviam acordado. Seu pai era engenheiro civil e sócio de uma conceituada construtora, a pouco tempo havia negociado e organizado a abertura de um novo escritório, motivo esse pelo qual decidiu deslocar toda sua família para aquela cidade; Sua mãe era medica pediatra, a algum tempo não exercia sua profissão, mas logo que soube a cidade que estavam indo, fez alguns contatos e iria conhecer uma clinica a qual havia sido indicada.
Ao descer percebe que a mesa já esta posta para o café da manhã, senta-se e aguarda os pais descerem, o que não demora muito:
-Bom dia meu amor, dormiu bem?
-Bom dia mãe, dormi sim e você?
-Não muito bem Leo, logo mais vou até a clinica que a Rosana me indicou, fiquei um pouco ansiosa, afinal faz uns 5 anos que não pratico.
-Relaxa mãe, certeza que vão adorar você, tem anos de experiência, além do que, por mais que tenha ficado afastada todos esses anos, esteve sempre em atualização, participando de conferencias, cursos.
-Sim meu filho, mais nada isso substitui a pratica do dia a dia, nessas horas ela conta e muito.
Bruna teve uma longa noite, passou a maior parte do tempo pensando no seu filho, na situação que ele estava e como ele devia estar sofrendo, e o pior, o quanto ela havia se afastado dele, nas longas horas pensando havia resolvido que de agora em diante estaria do lado do filho, mesmo que isso significasse não estar do lado de Eduardo.
-Bom dia Bruna!
-Bom Dia amor.
-Bom Dia Leonardo.
-Bom dia pai.
Eduardo não se sentia bem com toda essa situação, morria de vontade de abraçar o filho de lhe dizer o quanto amava, nunca tinha sido assim com o ele, sempre tiveram uma relação harmoniosa, carinhosa e acima de tudo respeitosa. Mas seu orgulho e preconceito estava destruindo tudo, o afastando, desejava agir de uma outra maneira, de tomar outras atitudes, mais instintivamente agia de maneira rude e intolerantemente.
-Bruna, hoje eu vou visitar algumas obras que já possuíamos aqui e resolver uns últimos trâmites da abertura do novo escritório,  volta pra casa para almoçarmos e depois retorno para o escritório, você quer que eu compre algo, que pegue o Leo na saída da escola?
-Não Duda, voltarei a tempo para pega-lo, vou aproveitar para ver uma pessoa para trabalhar aqui em casa, já que voltarei a trabalhar não terei muito tempo para cuida de casa, Leo me espere na saída da aula, tudo bem?
-Sim mãe.
-Filho, ansioso para conhecer a nova escola.
Leo estranha a pergunta do pai, afinal a 6 meses ele o trata da pior maneira possível;
-Um pouco pai, estou me sentindo um pouco desconfortável.
-Desconfortável, por quê?
-Porque estou no ultimo ano, em uma cidade nova, com pessoas novas, estou me sentindo um intruso sendo inseridos em uma realidade que não é a minha, afinal todos eles já viveram uma historia juntos até chegarem onde estão.
-Bobagem, logo você se enturma, quer dizer a menos que ele saibam que...
-Saibam o que pai? Vamos continue.
-Eduardo por favor – Intervém Bruna na esperança de acabar com o inicio de discussão.
-Não mãe, deixe ele terminar, afinal pelo jeito esta com isso engasgado, vamos pai termine sua frase.
-VIADO.... é isso que estou engasgado, não aceito ter um filho Viado.
No fundo Leo sabia o que seu pai queria dizer, sabia que havia se feito de forte quando soube, que sua aversão em conversar sobre o assunto significava apenas uma coisa, tinha preconceito contra o próprio filho, que as convenções que a sociedade o empunhava era bem maior que os laços que os ligavam.
-Então é assim como você me vê pai, um viado, é esse o sentimento que vem nutrindo por mim.
-Leonardo, entenda não é fácil para um pai saber que o filho que ele tanto esperou, que ele vez planos, que encheu de amor, de uma hora pra outra se torna ao contraio de tudo aquilo que você sonhou.
-Acontece que continuo sendo esse filho que você tanto esperou que você tanto amou, desculpa se não correspondo com aquilo que você sonhou, com aquilo que você planejou...
-Eu quero netos, ser chamado de avô...
-Eu quero ser EU, livre das pré-definições que você impõe a mim.
-Você não sabe o quanto esta me fazendo sofrer..
-Sofrer... se tem alguém aqui que sofreu e sofre sou eu; Você não tem noção das noites em que chorei sozinho no quarto, rezando para que ele me curasse, com medo do que você pensaria, de como seria tratado, pensando que iria para o inferno, querendo desesperadamente me apaixonar por uma menina, para que tudo isso passasse logo.
-Filho, você nunca havia dito isso – Diz Bruna pouco antes de cair no choro.
-Não disse mãe para não fazer com que sofressem, para não destruir a imagem que tinham de mim, como hoje posso ver que foi destruída, não porque mudei, ou porque fui falso todo esse tempo, mas porque colocariam o “rotulo de gay” a frente de tudo isso.
-Não meu filho pra mim você continua sendo meu Leo, meu filho amado, e de agora em diante, nunca mais chorará sozinho – Diz Bruna abraçando o filho - estarei aqui meu amor, para tudo que você precisar, lutaremos se for preciso, choraremos, juntos... como deve ser.
-Obrigado mãe, senti saudades; Pai hoje sei porque Deus nunca me escutou, ao menos achei que não me escutava, sei porque ele nunca me curou, porque não há nada de errado comigo.
Eduardo não se contem rompe em choro, pega sua pasta e sai em direção ao seu carro, com o qual parte para seu dia trabalho. Bruna e Leo se recompõem das emoções dos últimos acontecimentos e também partem para seus destinos. Léo não tira da cabeça a expressão de raiva de seu pai, ao mesmo tempo não acredita que teve coragem de falar tudo que queria para ele, e sente La no fundo que conseguiu tocar o pai.

domingo, 1 de julho de 2012

Capítulo 1





Capítulo 1



-Leo, meu filho, desça para jantar.
-Já vou Mãe, só um momento.
Leonardo até certo tempo adorava esses momentos com os pais, por tradição almoçavam e jantavam juntos, aproveitava pra contar-lhes sobre seu dia, sobre novidades da escola, porém ultimamente esses momentos foram ficando cada vez mais perturbadores. Seu pai agora vivia lhe criticando e apontando o quanto ele havia se tornado o filho que nenhum pai gostaria de ter, sua mãe tentava aliviar as situações, mas nem sempre conseguia, e as refeições terminam de maneira desagradável:
-Até que enfim, pensei que deixaria sua mãe e eu esperando aqui a vida toda.
-Que exagero pai já estou aqui, não precisa ser tão grosso.
- Leo, por favor, respeite seu pai.
-Aff mãe e a mim, ele não tem que respeitar?
-Vocês dois já estão passando dos limites, não há um só dia em que vocês não discutam.
-Culpa do seu filho, que resolveu nos humilhar publicamente.
-Humilhar, eu só...
-Leo, por favor, não é hora de vocês conversarem sobre esse assunto, vamos por gentileza jantar em paz.
-Sim mãe, vamos jantar em paz, vocês aqui e eu em outro lugar.
Leo rompe a sala de jantar atravessa a sala de visitas e sai em disparada para lugar nenhum, sentia tanta magoa do pai que até doía, sentia seu coração sangrar, sem que pudesse controlar as lagrimas rolam pelo seu rosto, esvaziando sua alma, quantas coisas gostaria de falar, gostaria de explicar-lhe, se pelo menos ele se permitisse ouvi-lo, mas infelizmente continuava irredutível, preso a convenções e a princípios que a cada instante os afastava cada vez mais.
Absorvido em pensamentos nem percebe que esta indo de encontro com outra pessoa que vêm em direção oposta a sua, e este por sua vez entretido no celular também não percebe a aproximação de Leo. A trombada foi tão forte que o celular de Pedro é lançado a alguns metros de distancia e se divide em pedaços ao tocar o  chão.
-Nossa, desculpa não havia visto você.
-Imagina cara, eu também não te vi. - Pedro solta uma gargalhada que causa um certo desconforto em Leo.
-Que foi, que há de engraçado em duas pessoas se chocando?
-Bom, você não vai acreditar mais estava em uma ligação com uma menina, só que não estava mais aguentando conversar com ela, estava distraído justamente pensando em uma maneira não muito grosseira de desligar, eis que surge você e resolve – Pedro não se contem e solta mais uma gargalhada – Obrigado cara, o desculpa, que falta de educação, meu nome é Pedro, prazer.
-Prazer Pedro, meu nome é Leonardo, mais todo mundo me chama de Leo, que dizer chamavam, afinal me mudei a pouco tempo, e não conheço muitas pessoas por aqui,  e antes que eu me esqueça, por nada pelo telefone, precisando – Dessa vez é Leo que não se contem e dos dois caem na risada.
-Leo, posso chamá-lo assim?
-Claro.
-Então Leo, tenho que ir minha mãe esta me esperando para jantarmos, e já estou atrasado.
-Imagina que isso, não quero atrasá-lo mais, eu também vou indo estou a procura de um lugar para jantar sabe, uma lanchonete ou algo assim.
-Pior que por aqui você não vai achar, as mais próximas estão a uns 15 minutos de carro, alias pra chegar aqui você deve ter caminhado um bocado.
-Pois é nem percebi o quanto andei, então acho melhor eu voltar para casa.
-Concordo, e também não é seguro você esta andando por ai sozinho, é meio que perigoso para esses lados, quer que eu te acompanhe até um ponto de ônibus?
-Bom, agradeço pela preocupação mais dispenso, mal o conheço e já esta me chamando de criança indefesa.
-Calma Leo só quis dizer que...
-Leonardo, por favor, meu nome é Leonardo, mais deixa isso pra La, já estou indo, boa noite.
-Boa Noite.
Leo, não se conformava, além de ter que aturar o pai, agora era obrigado a escutar um estranho lhe chamando de criança, sua raiva, que havia diminuído, aumentara agora com mais força, mas estava mesmo era preocupado em chegar em casa, provavelmente encontraria a mãe em prantos, fruto de mais uma discussão com o pai, por sua culpa, porque não conseguia simplesmente escutar os desaforos dele e ficar calado, porque não conseguia ser mais paciente, porque não conseguia parar de descontar suas frustrações nos outros, ao pensar nisso recorda-se o quão estúpido foi com Pedro, a raiva que havia explodido em seu peito agora se transformava em remorso, não teria a chance de se desculpar, e analisando melhor percebia que ele só estava tentando o prevenir, mas sua cabeça dura não permitiu que enxerga-se isso na hora, mas logo parou de pensar nele, afinal seria improvável que se vissem de novo, e voltou seus pensamentos para casa, dessa vez faria diferente, escutaria tudo e subiria para seu quarto, em silêncio, sem retrucar, sem reclamar, seus pensamentos são interrompidos por uma luz forte que vem em seu encontro, era o ônibus que segundo informações de pessoas que estavam no ponto, iria passar perto de sua casa, até agora estava abismado de o quanto havia andado.
Ao chegar em casa viu a cena que havia passado e repasso um milhão de vezes em sua cabeça, sua mãe chorando no sofá e seu pai ao pé da escada balançando freneticamente o pé contra o chão, o que indicava que estava muito bravo.
-Moleque, é isso que você é, um moleque, como você deixa sua mãe e eu falando sozinho e sai de casa desse jeito, você não conhece direito essa cidade, não sabe dos perigos que estão ai fora, não pensa na sua mãe, não pensa em mim, ligamos dez milhões de vezes no seu celular, que alias não sei porque tem, se vive na caixa postal, onde você estava, não bastava nos matar de desgosto agora vai nos matar de preocupação também, diga alguma coisa.
Leo sentiu seu sangue ferver nas feias, queria colocar para fora tudo que estava engasgado na sua garganta, mas se conteve, no fundo sabia que seria em vão, já que a magoa do pai falaria mais alto e não permitiriam que tivessem um conversa amigável, em vez de discutir simplesmente deu um beijo na mãe e subiu para o quarto, o que provocou ainda mais a ira do pai, que berrou enquanto ele subia as escadas,  exigindo volta-se e não o deixa-se novamente falando sozinho.
-Esta vendo Bruna, o que seu filho esta fazendo conosco, isso tudo é culpa sua que não educou direito esse menino, desde que nos falou dessa porqueira que ele se tornou vem agindo dessa forma.
-Ora faça o mil favor, acontece Eduardo que você não enxerga que essas atitudes são uma resposta das atitudes que você tem para com ele.
-Agora quer dizer que a culpa é minha, ele nos envergonha, joga nosso nome no lixo e a culpa é minha.
-Acontece que não há culpa aqui, você esta mais interessado em saber de quem é a porcaria da culpa, e esta esquecendo em saber como está seu filho.
-É por isso que ele se tornou isso que é, por que você o encheu de manias, de sentimentalismo de mulher.
-Com você é impossível manter uma conversa civilizada, so gostaria de saber onde se perdeu o meu Duda, aquele homem carinhoso, amoroso, apaixonado pela família.
-Se perdeu no mesmo lugar onde a Bruna que eu me casei se perdeu, a Bruna companheira, que concordava em tudo comigo.
-Quer saber fica ai com suas murmurações, vou dormi amanha acordo cedo.
Bruna não aguentava mais essa situação, não suportava ver seu marido tratar se único filho daquela maneira, ela sabia que ele estava frágil e precisava de carinho e amor, mais a arrogância do marido esta sufocando não somente a Leo, mas a ela também, e isso a fazia sofre e muito, afinal queria sua família de volta, a família que se amava e conversava, daquele jeito que estava não dava para ficar, teria que tomar alguma atitude, e rápido, antes que tudo aquilo que havia construído fosse destruído. 

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Livro Léo...


   Começo hoje a postar capítulos do livro que estou escrevendo..

  Tentarei postar a cada semana um capitulo novo.. estou aberto a sugestões.....espero que gostem... Os capítulos podem ser acessados na ABA AO LADO denominada LÉO.. deixem seus Comentários e Criticas....

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...